David Fonseca

“A meio do espetáculo do Coliseu de Lisboa, gritei: ‘Sinéad, I love you!’ Ela sorriu e eu fiquei imensamente feliz”

15 Nov - 2024 · 22:00 > 15 Nov - 2024 · 23:59
Coliseu do Porto
David Fonseca
David Fonseca (Foto: Reprodução)

David Fonseca recordou o dia em que viu Sinéad O'Connor ao vivo no Coliseu de Lisboa e a fez sorrir. Por seu turno, Samuel Úria partilhou uma versão que fez de ‘Nothing Compares 2 U’, com Carolina Torres.

A morte de SInéad O'Connor, comunicada esta quarta-feira pela sua família, continua a originar muitas reações por parte de fãs e companheiros de ofício. Em Portugal, David Fonseca recordou o tempo em que, juntamente com o seu irmão, era grande fã da cantora irlandesa, que chegou a ver ao vivo no Coliseu de Lisboa.

Eu e o meu irmão éramos fãs absolutos da Sinead quase desde o primeiro dia e foi dos primeiros concertos que vimos no Coliseu de Lisboa em 1995”, conta David Fonseca. "Sabíamos as letras de cor e a voz dela era um mistério de doçura e raiva, a conviver no mesmo espaço e tempo. Admirava-a, pelo seu óbvio e absurdo talento, mas também pela coragem das suas posições, por defender as causas que lhe eram próximas mesmo quando eram incómodas para tanto."

“A meio do espectáculo do Coliseu, entre duas canções, aproveitei o silêncio da sala enquanto os músicos ajustavam os seus instrumentos e gritei ‘Sinéad, I love you!’, fazendo-me ouvir por toda a sala. Ela sorriu e eu fiquei imensamente feliz, uma memória que persiste até hoje num lugar bonito desse tempo”, remata David Fonseca, que a 16 de novembro de 2024 se vai apresentar na mesma sala, em Lisboa (um dia antes no Coliseu do Porto).

Por seu turno, Samuel Úria recordou uma versão que fez de ‘Nothing Compares 2 U’, com a colaboração de Carolina Torres na voz, seguindo um desafio curioso: “Um conceito tão complexo que não evito descrever: uma versão de uma versão de uma versão de uma versão.
Canção de Prince, popularizada pela Sinéad O’Connor, reinterpretada pela Ana Faria para os Onda Choc, e agora recuperada por nós. Desapertei a guitarra até uma afinação grave; acumulei tristeza e melancolia com o exagero de reverberação nas captações. Mesmo com a minha displicência e o meu lo-fi atabalhoado, o registo da Carolina é irrepreensível. Leva a que esta canção, há um ano celebrativa de vida, seja agora justa e apropriada elegia.”


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